O Ministério Público do Estado do
Amapá (MPE-AP), em coletiva concedida à imprensa amapaense na manhã de ontem,
rebateu as acusações contidas na representação de autoria do Juiz Federal da 2ª Vara Federal do Amapá, João Bosco da Silva. O juiz
colocou sob suspeita a atuação de procuradores do
Ministério Público Federal e Estadual, quanto ao controle de recursos advindos
de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com a empresa MMX, acusando-os
de não prestarem contas.
A
promotora-Geral de Justiça, Ivana Lúcia Franco Cei, abriu a coletiva explicando
como funciona o Termo de ajustamento de Conduta (TAC), motivo das denúncias do
Juiz feitas no Conselho Nacional de Ministério Público(CNMP). “É a possibilidade que se tem o interessado ou
o provável infrator de, espontaneamente, se adequar a lei – no caso da empresa
MMX, impactos ambientais. Antes que seja proposta alguma ação penal ou civil. É
a possibilidade que se tem de dizer: ‘Eu quero me adequar à legislação’”.
Em
relação ao TAC feito 2007, a promotora afirma que “foi uma adequação do
empreendimento para regularizar o licenciamento que estava irregular”. Dessa
maneira, a empresa indenizou o Estado, em forma de projetos sociais.
Relembre
o Caso
Em
reclamação disciplinar dirigida ao Conselho Nacional do Ministério Público, o
juiz colocou sob suspeita a atuação de procuradores da República e do
Ministério Público do Estado quanto ao controle de recursos advindos de termo
de ajustamento de conduta firmado com a empresa MMX de Eike Batista,
acusando-os de não prestarem contas.
Bosco solicitou junto ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o afastamento dos procuradores, alegando que os mesmos se aproveitaram de Ações Civis Públicas contra projetos de mineração para acionar Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). A denúncia reforçou que os termos eram milionários, e que os membros da MPF e MPE manteriam o controle dos recursos sem autorização judicial.
Um TAC firmado com a empresa MMX, que extraía minérios do Amapá em 2007, os procuradores conseguiram R$ 6 milhões para realizar projetos de sua autoria. OS recursos teriam ficado com o MPF, entretanto, somente R$ 200 mil dos R$ 6 milhões teria sido repassado para fortalecer a frota da Policia Federal no Amapá. Ainda de acordo com o material jornalístico, o juiz João Bosco quer saber o restante do recurso, que seria na ordem de R$ 5, 800 (cinco milhões e oitocentos mil reais).
Bosco solicitou junto ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o afastamento dos procuradores, alegando que os mesmos se aproveitaram de Ações Civis Públicas contra projetos de mineração para acionar Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). A denúncia reforçou que os termos eram milionários, e que os membros da MPF e MPE manteriam o controle dos recursos sem autorização judicial.
Um TAC firmado com a empresa MMX, que extraía minérios do Amapá em 2007, os procuradores conseguiram R$ 6 milhões para realizar projetos de sua autoria. OS recursos teriam ficado com o MPF, entretanto, somente R$ 200 mil dos R$ 6 milhões teria sido repassado para fortalecer a frota da Policia Federal no Amapá. Ainda de acordo com o material jornalístico, o juiz João Bosco quer saber o restante do recurso, que seria na ordem de R$ 5, 800 (cinco milhões e oitocentos mil reais).
O
promotor de justiça, Afonso Gomes Guimarães, que também se pronunciou sobre as
acusações, disse que vai procurar os termos legais para se defender das
acusações que, “no mínimo, são levianas e irresponsáveis de quem as proferiu”.
Afirmou
ainda que o MPE interveio na questão ambiental e no impacto que aquela empresa
estava causando na região. Porém, o dinheiro foi usado de postos de médicos,
museus, escolas, estruturação de comunidades indígenas, delegacias, hospitais,
Batalhão Ambiental, Polícia Federal, IBAMA, apoio ao mestrado e patrimônio
arqueológico.
“Nós
poderíamos simplesmente lavar as mãos. Poderíamos fazer um acordo com a empresa
e fazer com que eles depositassem esses R$6 milhões na conta de alguma
organização não governamental. Se fosse feito dessa forma, os moradores da
região nunca iriam ver nenhum benefício”.
Afonso
ressalta que o magistrado representante poderia ter pedido a documentação que
especifica os trâmites do TAC, mas preferiu não entrar em contato com o MPE.
Um dos questionamentos do juiz na
representação seria quanto a empresa MMX já havia repassado para os membros do
MPF e MPE. “Isso é brincadeira, isso não é de alguém sério, é jogar ao vento,
embora travestida de pergunta, é dizer que alguém do Ministério público recebeu
dinheiro de particulares”, indagou.
Sobre a
representação, a promotora Ivana é enfática: “Somos uma instituição séria,
digna e não vamos permitir nenhuma afronta”, definiu.
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