Nos dias 11 e 12 de abril,
acontece no auditório da Universidade Federal do Amapá, o IV seminário dos
renais crônicos e transplantados do Amapá. Este ano o tema é “A importância de
implantação de um ambulatório de transplante no Estado do Amapá”.
O evento tem por objetivo
discutir as necessidades e a viabilização da implantação de um ambulatório para
transplantes de rins, atender pacientes que sofrem com problemas renais ou que
já fizeram transplante. De acordo com Ivanildo Souza, coordenador do evento, o
Amapá enfrenta atualmente grande dificuldade em atender pacientes,
principalmente os que se deslocam de outros municípios para fazer hemodiálise
na capital amapaense.
“A carência no Amapá hoje é muito
grande em relação a transplantes de rins. Temos uma parceria com a Fundação
Pró-Rim, de Santa Catarina, no qual um médico acompanhou as dificuldades que
enfrentamos aqui. Daí surgiu a colocar um ambulatório para preparar o paciente
para o transplante. Assim vamos poder tirar o paciente da máquina e lhe dar uma
vida de qualidade”, diz Ivanildo.
Segundo o coordenador, o número
de pacientes que fazem hemodiálise no Estado chega a 210 inscritos e 38 que
fazem o controle na máquina de diálise.
Ivanildo conta que pacientes de outros municípios passam dificuldades quando se
deslocam para a capital. Sem um lugar adequado para se instalarem, muitos gastam
o dinheiro que não tem com hospedagem. A situação fica ainda mais difícil
quando o paciente precisa se deslocar, em casos extremos, para outros Estados.
Sem apoio, alguns até abandonam o tratamento por não terem como continuar,
tendo como conseqüência o agravamento da doença.
Na opinião de Ivanildo, o “ponta
pé” inicial para a implantação depende, primeiramente do Governo do Estado do
Amapá, a Assembleia Legislativa, juntamente com o Ministério Público Estadual e
Federal. “A saúde pública no Amapá precisa da união desses poderes, pois
estamos enfrentando muitas barreiras nesse âmbito”.
A importância dos Rins
Os rins são os órgãos
responsáveis pela filtragem do nosso sangue, que reabsorve várias substâncias
úteis ao nosso organismo. Eles são os únicos órgãos do corpo humano que podem
ser substituídos por uma máquina, embora essa substituição não seja perfeita.
Através da hemodiálise, pessoas
que possuem suas funções renais prejudicadas têm a oportunidade de manter uma
vida próxima do normal, podendo praticar atividades físicas, trabalhar, viajar,
etc.
Porém, sem um tratamento
adequado, as complicações com o rim podem se agravar e comprometer outros
órgãos.
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