terça-feira, 27 de setembro de 2011

Meu palco do Rock In Rio é o Twitter



Quem estava na frente da tv depois da meia noite pode ver o show histórico que o Metallica fez no Rock in Rio. Alguns sortudos que foram ao festival, viram de perto James Hetfield escandalizar com sua guitarra. Mas, muitos estavam ligados em casa, na TV paga ou aberta. Porém, o palco era outro e com uma platéia seleta. O show não seria o mesmo se não fosse o Twitter. Cada um na sua casa, mas todos compartilhando da mesma emoção que a telinha nos passava. Em cada música era a mesma energia e vibração, como se estivéssemos juntos bebendo na casa de alguém.
                O twitter é um mini blog que dá possibilidade de você postar notícias e comentários de outros twitters em apenas 140 caracteres. Você tem a possibilidade de seguir o que lhe mais interessa, filtrar o que chega em sua página sem dor de cabeça. Mas como expressar algo nesse espaço? É, eu também me perguntava quando o Twitter deu as caras na internet. Muitos se perguntavam qual a real funcionalidade dele. Hoje é notório que ele é mais útil que se imagina. O ano de 2011 foi cenário para conflitos em países do oriente médio, onde os governos ditatoriais censuraram a imprensa. A única fonte de informações das bandas de lá chegavam através dos tweets que eram disparados pela população, que denunciava a covardia dos militares. A morte de Michel Jackson e Amy Winehouse caiu em primeira mão na internet através da rede social.  Revolucionou o conceito de instantaneidade que conhecíamos. Hoje, a grade de notícias do maior maior telejornal do país pode ser alterada caso uma notícia quente caia no twitter. Willian Bonner, editor-chefe do Jornal Nacional e carinhosamente chamado de tio pelos seus seguidores, diz que hoje a interação entre mídia e público ajuda na hora de preparar um telejornal atualizado, em enquanto apresenta o Jornal Nacional, verifica sua página com mais de dois milhões de followers para monitorar alguma possível candidata à notícia no JN.
                Mesmo quem estava no show, conseguia twittar e descrever a sensação de estar no meio de 100 mil pessoas cantando numa só voz. Porém, foi também através do mini blog, que outros Twitters denunciaram a onda de assaltos na cidade do rock. E em questão de minutos a imprensa conseguia se deslocar entre a multidão e apurar in loco os muitos casos relatados pelos tweets. Durante o show do Metallica, era possível ler o Estadão ou a Rolling Stone alertando sobre os fatos apurados. Até o problema do sistema de esgoto se soube primeiro pelo Twitter.  Mas sem dúvida a homenagem que Dinho OuroPreto fez ao nosso “ilustre” senador José Sarney foi uma das notícias que mais repercutiram na internet durante o show do Capital Inicial, no segundo dia do festival. Antes de cantar Que país é esse?, Dinho ofereceu a música ao senador – eu, como amapaense, me enterrei na cadeira, já que Sarney foi eleito senador pelo Amapá -, e imediatamente vários tweets dispararam na rede.
                Sabe aquela teoria dos seis graus de separação, em que o fulano que conhece ciclano é amigo do beltanho? O Twitter corresponde perfeitamente nessa teoria. Posso ser amiga do Brad Pitt, pois no twitter dele deve ter alguém, que conhece alguém, que conhece alguém, que conhece alguém, que me conhece. Não existe mais um lugar no mundo que possa se esconder. Onde tiver um celular em rede, lá estará o passarinho a piar. Bem, vamos esperar o próximo fim de semana, tragam a cerveja e o amendoim, ok? A gente se encontra no twitter.
               

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

X, Y, Z. Qual a sua geração?


Seu filho tem apenas dois anos de idade e já sabe qual é o controle remoto da Sky, do DVD, da TV e do portão da garagem. Consegue pronunciar mais palavras em inglês que em português porque assiste a um desenho que ensina as primeiras palavras no idioma saxão. Programa e desprograma seu celular em minutos, coisa que você só faz se for fuçar no manual de instruções. As possíveis explicações que vem a sua cabeça seriam: 1. Meu filho é super dotado. 2. Meu filho já nasceu digitalizado. Mas tem uma terceira: seu filho faz parte da geração Z.

O mercado de trabalho cada dia torna-se mais afunilado e concorrido. Pessoas com diferentes faixas etárias misturam-se pelos corredores das empresas, acentuando as extremidades entre as gerações que nasceram no pós-guerra, no período de paz e amor, e no período pré internet. São as chamadas gerações Baby Boomers, X, Y e Z.

Nascidos no pós-guerra, os Baby Boomers (em inglês, explosão de bebês, em conseqüência pós Segunda guerra), gostam de emprego fixo e estabilidade. Estão acostumados a receber promoções por tempo de serviço. A experiência pra eles é pré- requisito indispensável, independente do nível de instrução. São adeptos da disciplina rígida e adoram hierarquia. São fiés às empresas que o empregam e costumam se aposentar na mesma empresa e até no mesmo cargo.

Em seguida, vem a geração X, nascidos no final dos anos 60 e início dos anos 70, em plena guerra do Vietnã, movimentos Hippie e Contracultura. No Brasil, a Tropicália sofre grande influência dos estadunidenses e franceses. Os filhos dessa geração também gostam de estabilidade financeira, mas viram o nascimento da tecnologia, os primeiros bancos de dados militares e o embrião da internet.

Logo após aparecem os filhos da geração x, a geração Y. Nascidos na década de 80 e início de 90, já estão integrados com computadores, o nível de instrução é maior e a sede por novidades também. Com até trinta anos, prezam pelo prazer no que fazem e não pela obrigação. São meio arredios quando se fala em hierarquia, e se não estão satisfeitos com o emprego atual, não hesitam em pedir demissão e partir para um lugar que lhe traga mais satisfação.

Finalmente chegamos na geração Y, os nascidos em meados da década de 90 e começo de 2000. São extremamente ansiosos, costumam fazer muita coisa ao mesmo tempo. Falar em horários e hierarquia perto deles é como falar de Deus perto do Diabo. Passam 24 horas conectados em rede e sempre estão antenados com novas mídias e plataformas de informação. Seu lema é: O mundo precisa girar mais rápido.

E quando todas essas gerações dividem o mesmo espaço, é quase a reencarnação da Torre de Babel. Por que são gerações com freqüências diferentes, tentando sobreviver num mundo cada vez mais excludente. Baby Boomers tentam ser geração X, que por sua vez correm atrás para tornarem-se Y. E você com seu filhinho de dois anos de idade, que sabe dar play no DVD, que liga para o seu celular no meio do expediente, que consegue ligar e desligar o PC, que sabe contar de um até dez sem gaguejar, que possui uma memória fotográfica melhor que muito pen drive, qual geração será a dele?

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Você sabe o que é WEB 2.0?



Você sabe o que é WEB 2.0? Pois é, até um tempo atrás eu também não sabia, mas que está presente no dia a dia do internauta. Quantos de nós não utilizam Youtube, Twitter, Facebook, blogs e outras ferramentos da internet para fornecer, trocar e adquirir informações? A mais famosa e mais utilizada forma de WEB 2.0 é o Wikipedia, onde usuários contribuem com informações para o banco de dados do site.

Em meados dos anos 90, o uso da internet ainda era consideração um luxo que poucas pessoas podiam bancar. Os preços eram exorbitantes. A funcionalidade era precária em comparação aos dias de hoje. A informação tinha mão única, impossibilitando o usuário de interagir com a rede. Segundo Pollyana Ferrari, especialista em Jornalismo Digital, essa fase era chamada de WEB 1.0. Não existiam links para comentários nos sites. Então como saber a opinião, sugestão ou reclamação dos internautas? Apenas através de e-mails. E só.

Em 2004, Tim O'Reilly, da O’Reilly Media e MediaLive International, usou pela primeira vez o termo para definir a transformação que ocorria no jeito de como lhe dar com a internet. Há quem diga que esse termo é uma bela jogada de marketing, pois não explica muita coisa sobre sua função."Web 2.0 é a mudança para uma internet como plataforma, e um entendimento das regras para obter sucesso nesta nova plataforma. Entre outras, a regra mais importante é desenvolver aplicativos que aproveitem os efeitos de rede para se tornarem melhores quanto mais são usados pelas pessoas, aproveitando a inteligência coletiva", explica O’Reilly. Ou seja, era preciso que as pessoas colaborassem com suas informações, já que os sites se resumiam em informações de jornais, revistas, empresas e universidades. Era preciso expandir o conteúdo da rede, coisa que não faltava entre os simples usuários de internet.

O que temos hoje é um cyberespaço do tamanho do planeta, em que informações chegam de todos os lugares em tempo real. Exemplo recente da eficácio da WEB 2.0, foi a guerra no Egito, onde a internet não pode ser acessada por uma resolução ditatorial para que nenhuma informação concreta chegasse à imprensa mundial. Mas o governo não contava com uma coisa chamada Twitter, podendo ser acessado do celular. Assim o mundo ficou sabendo da briga de Davi e Golias que tava rolando por ali através de tweets e vídeos postados no Youtube. A China também entrou com uma ação contra sites de informação e entretenimento para que estes retirem conteúdos que vão de encontro com a doutrina comunista. Mas de celulares e tablets, os chineses têm acesso a esses sites via Twittter, blogs e Facebook. Agora ficou um pouco mais difícil calar o mundo.