Hoje pela manhã houve tumulto no
saguão do aeroporto internacional de Macapá. A aeronave que decolaria em
direção ao aeroporto de Val-de-Cans, em Belém, teve que cancelar o voo por
problemas técnicos. Mas até chegar a essa definição, os passageiros sofreram em
busca de informações.
O voo estava marcado para as 5 da
manhã. Às 3h30 já tinha passageiro fazendo check-in no balcão da empresa GOL. De acordo com o publicitário Marcel Ferreira,
a aeronave já se localizava na pista, pronta para receber os passageiros. Quando
todos estavam acomodados nos seus devidos acentos, o piloto do avião anunciou
que uma “luz estranha” havia se acendido no painel e que aquilo significava
problemas técnicos, mas que seria resolvido dentro de 20 minutos. Mas só após
meia hora, o piloto anunciou que a aeronave não teria condições de partir. Os
passageiros tiveram que voltar para a sala de embarque, até a empresa achar uma
solução.
Os passageiros ficaram por duas
horas sem explicação alguma por parte da empresa. A única recomendação do
balcão da GOL era de que eles poderiam ligar para a central de atendimento ou
esperar por uma definição do piloto sobre as condições de voo da aeronave que
já estava em solo.
Por volta das 10 da manhã, a
impaciência tomava conta daqueles que nem dormiram para não perderem o voo. A
informação de que o avião decolaria mesmo com problemas fez com que alguns se
dirigissem para a Ouvidoria da Agência Nacional de Avião (ANAC), questionando a
“imprudência” da GOL em liberar um avião que apresentava problemas. Segundo o
supervisor da ANAC, Airton Duarte, a agência não tinha como intervir nas
questões passageiro-empresa. “A empresa tem 4h para alocar um passageiro no
outro voo ou transferir para outro dia, dependendo do que for acordado entre o
passageiro. A empresa é obrigada a pagar o hotel, alimentação e transporte no
caso de atraso ou cancelamento do voo”, diz Airton.
Desrespeito com o consumidor
Segundo Ronan Almeida, que chegou
ás 3h40 na sala de embarque, diz que perdeu um compromisso na capital paraense
por conta de irresponsabilidade da empresa. “Pessoas perderam consultas médicas,
conexões para outros voos, outras se programaram para o feriado. É uma falta de
respeito, um descompromisso por parte da empresa”, conta ele.
Às 10h33, a empresa anunciou que
o voo havia sido cancelado. Os passageiros voltaram à sala da ANAC revoltados,
exigindo uma postura fiscalizadora da agência. Ao todo, foram 6h30 de espera
pelo posicionamento da GOL. A previsão é de que às 17h os passageiros decolem
para os seus destinos.
Na cartilha de
“Dicas da ANAC : atraso e Cancelamento de Voo e Preterição de Embarque",
caso o voo atrase por mais de 4 horas, seja cancelado ou, ainda, o passageiro
tenha seu embarque negado, a empresa deverá reembolsar o passageiro de acordo
com a forma de pagamento utilizada na compra da passagem.
A devolução dos
valores já quitados e recebidos pela empresa aérea deverá ser imediata, em
dinheiro ou por meio de crédito em conta bancária.
Se estiver no aeroporto de partida
* Receber o
reembolso integral, incluindo a tarifa de embarque. Nesse caso, a empresa
poderá suspender a assistência material;
* Remarcar o voo,
sem custo, para data e horário de sua conveniência Nesse caso, a empresa poderá
suspender a assistência material;
* Embarcar no
próximo voo da mesma empresa ou de outra empresa aérea para o mesmo destino,
sem custo, se houver disponibilidade de lugares. A empresa devera? oferecer
assistência material.
Se estiver em
aeroporto de escala ou conexão
* Receber o
reembolso integral e retornar ao aeroporto de origem, sem nenhum custo. A
empresa deverá oferecer assistência material;
* Permanecer na
localidade onde ocorreu a interrupção e receber o reembolso do trecho não
utilizado. Nesse caso, a empresa poderá suspender a assistência material;
* Remarcar o voo,
sem custo, para data e horário de sua conveniência Nesse caso, a empresa poderá
suspender a assistência material;
* Embarcar no
próximo voo da mesma empresa ou de outra empresa aérea, para o mesmo destino,
sem custo, se houver disponibilidade de lugares. A empresa deverá oferecer
assistência material;
* Concluir a
viagem por outra modalidade de transporte (ônibus, van, taxi etc). A empresa
devera oferecer assistência material.
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