quarta-feira, 4 de abril de 2012

Cancelamento do voo da GOL causa revolta no aeroporto Internacional de Macapá


Hoje pela manhã houve tumulto no saguão do aeroporto internacional de Macapá. A aeronave que decolaria em direção ao aeroporto de Val-de-Cans, em Belém, teve que cancelar o voo por problemas técnicos. Mas até chegar a essa definição, os passageiros sofreram em busca de informações.
O voo estava marcado para as 5 da manhã. Às 3h30 já tinha passageiro fazendo check-in no balcão da empresa GOL.  De acordo com o publicitário Marcel Ferreira, a aeronave já se localizava na pista, pronta para receber os passageiros. Quando todos estavam acomodados nos seus devidos acentos, o piloto do avião anunciou que uma “luz estranha” havia se acendido no painel e que aquilo significava problemas técnicos, mas que seria resolvido dentro de 20 minutos. Mas só após meia hora, o piloto anunciou que a aeronave não teria condições de partir. Os passageiros tiveram que voltar para a sala de embarque, até a empresa achar uma solução.
Os passageiros ficaram por duas horas sem explicação alguma por parte da empresa. A única recomendação do balcão da GOL era de que eles poderiam ligar para a central de atendimento ou esperar por uma definição do piloto sobre as condições de voo da aeronave que já estava em solo.
Por volta das 10 da manhã, a impaciência tomava conta daqueles que nem dormiram para não perderem o voo. A informação de que o avião decolaria mesmo com problemas fez com que alguns se dirigissem para a Ouvidoria da Agência Nacional de Avião (ANAC), questionando a “imprudência” da GOL em liberar um avião que apresentava problemas. Segundo o supervisor da ANAC, Airton Duarte, a agência não tinha como intervir nas questões passageiro-empresa. “A empresa tem 4h para alocar um passageiro no outro voo ou transferir para outro dia, dependendo do que for acordado entre o passageiro. A empresa é obrigada a pagar o hotel, alimentação e transporte no caso de atraso ou cancelamento do voo”, diz Airton.

Desrespeito com o consumidor

Segundo Ronan Almeida, que chegou ás 3h40 na sala de embarque, diz que perdeu um compromisso na capital paraense por conta de irresponsabilidade da empresa. “Pessoas perderam consultas médicas, conexões para outros voos, outras se programaram para o feriado. É uma falta de respeito, um descompromisso por parte da empresa”, conta ele. 
Às 10h33, a empresa anunciou que o voo havia sido cancelado. Os passageiros voltaram à sala da ANAC revoltados, exigindo uma postura fiscalizadora da agência. Ao todo, foram 6h30 de espera pelo posicionamento da GOL. A previsão é de que às 17h os passageiros decolem para os seus destinos.
Na cartilha de “Dicas da ANAC : atraso e Cancelamento de Voo e Preterição de Embarque", caso o voo atrase por mais de 4 horas, seja cancelado ou, ainda, o passageiro tenha seu embarque negado, a empresa deverá reembolsar o passageiro de acordo com a forma de pagamento utilizada na compra da passagem.
A devolução dos valores já quitados e recebidos pela empresa aérea deverá ser imediata, em dinheiro ou por meio de crédito em conta bancária.

Se estiver no aeroporto de partida
* Receber o reembolso integral, incluindo a tarifa de embarque. Nesse caso, a empresa poderá suspender a assistência material;
* Remarcar o voo, sem custo, para data e horário de sua conveniência Nesse caso, a empresa poderá suspender a assistência material;
* Embarcar no próximo voo da mesma empresa ou de outra empresa aérea para o mesmo destino, sem custo, se houver disponibilidade de lugares. A empresa devera? oferecer assistência material.
Se estiver em aeroporto de escala ou conexão
* Receber o reembolso integral e retornar ao aeroporto de origem, sem nenhum custo. A empresa deverá oferecer assistência material;
* Permanecer na localidade onde ocorreu a interrupção e receber o reembolso do trecho não utilizado. Nesse caso, a empresa poderá suspender a assistência material;
* Remarcar o voo, sem custo, para data e horário de sua conveniência Nesse caso, a empresa poderá suspender a assistência material;
* Embarcar no próximo voo da mesma empresa ou de outra empresa aérea, para o mesmo destino, sem custo, se houver disponibilidade de lugares. A empresa deverá oferecer assistência material;
* Concluir a viagem por outra modalidade de transporte (ônibus, van, taxi etc). A empresa devera oferecer assistência material.





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