sábado, 17 de março de 2012

Classificados no concurso da UEAP questionam contratação de temporários


O professor de Letras, Fabio Xavier, fez o concurso para o quadro de professores da Universidade Estadual do Amapá (UEAP) ficando em segundo lugar. De acordo com o documento fornecido pela instituição, consta que ele foi classificado, o que lhe dá direito de preencher o quadro de reserva. Porém, na última semana, a UEAP anunciou o processo de seleção simplificado para professores em caráter temporário. E Fabio, que pertence à reserva, questionou a atitude da instituição e acha injusto com quem dedicou um período da vida para estudar para o concurso e que agora não pode assumir a vaga que lhe é de direito.
Em novembro de 2011, o Governo do Estado do Amapá lançou o edital para concurso de professores da UEAP. Foram 72 vagas distribuídas em diversas disciplinas. Mas apenas 33 pessoas foram aprovadas. Os candidatos que ficaram em segundo lugar, preencheram o cadastro de reserva. Como o concurso tem validade de um ano, podendo ser prorrogado mais um ano, no caso de a instituição necessitar de mais professores, aciona o quadro de reserva previsto no edital.
Acontece que a UEAP abriu processo seletivo simplificado para professores temporários. E segundo a pró-reitora, Maria Lucia Borges, o processo seletivo é destinado para as vagas que não estavam presentes no concurso do ano passado. As vagas que os candidatos reivindicam são as que não tiveram candidato aprovado. “O concurso para professor do quadro efetivo foi homologado dia 28 de dezembro. Porém, detectamos que 39 vagas ficaram ociosas, não houve professores aprovados. Com a autorização do governador, vamos preencher o quadro com contratos administrativos”, diz Maria Lucia.
Em relação aos 9 candidatos que foram classificados, ela afirma que já foram preenchidas pelos candidatos aprovados, e que não existe vaga para os classificados do último concurso.

Edital

No item 19.3 diz que “automaticamente, os candidatos, classificados irão compor o quadro de reserva, observando a validade do concurso”.
“Nós estamos compondo o quadro de reserva. Consta na homologação que meu nome está como classificado. Então porque fazer processo de seleção para professor temporário?”, pergunta Fábio.
Segundo Fábio, algumas vagas do processo de seleção são as mesmas do concurso para o quadro efetivo e diz que o Estado vai gastar novamente 290 mil para um concurso em breve para contratar um professor, pois os docentes temporários não possuem segurança nos cargos e muitos mudam de emprego abandonando os estudantes.
“Já fomos ao Ministério público estadual para reivindicar, mas pra mim, a causa está perdida. Agora o governo vai abrir edital para a educação novamente. Se com 72 vagas, está causando esse transtorno, imagine com 1.492 vagas. Como confiar no edital e estudar durante três meses, se o candidato não tem a certeza que de que assumirá caso seja classificado?”, concluiu.



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