O professor de Letras, Fabio Xavier,
fez o concurso para o quadro de professores da Universidade Estadual do Amapá
(UEAP) ficando em segundo lugar. De acordo com o documento fornecido pela
instituição, consta que ele foi classificado, o que lhe dá direito de preencher
o quadro de reserva. Porém, na última semana, a UEAP anunciou o processo de
seleção simplificado para professores em caráter temporário. E Fabio, que
pertence à reserva, questionou a atitude da instituição e acha injusto com quem
dedicou um período da vida para estudar para o concurso e que agora não pode
assumir a vaga que lhe é de direito.
Em novembro de 2011, o Governo do
Estado do Amapá lançou o edital para concurso de professores da UEAP. Foram 72
vagas distribuídas em diversas disciplinas. Mas apenas 33 pessoas foram
aprovadas. Os candidatos que ficaram em segundo lugar, preencheram o cadastro
de reserva. Como o concurso tem validade de um ano, podendo ser prorrogado mais
um ano, no caso de a instituição necessitar de mais professores, aciona o
quadro de reserva previsto no edital.
Acontece que a UEAP abriu
processo seletivo simplificado para professores temporários. E segundo a
pró-reitora, Maria Lucia Borges, o processo seletivo é destinado para as vagas
que não estavam presentes no concurso do ano passado. As vagas que os
candidatos reivindicam são as que não tiveram candidato aprovado. “O concurso
para professor do quadro efetivo foi homologado dia 28 de dezembro. Porém,
detectamos que 39 vagas ficaram ociosas, não houve professores aprovados. Com a
autorização do governador, vamos preencher o quadro com contratos
administrativos”, diz Maria Lucia.
Em relação aos 9 candidatos que
foram classificados, ela afirma que já foram preenchidas pelos candidatos
aprovados, e que não existe vaga para os classificados do último concurso.
Edital
No item 19.3 diz que
“automaticamente, os candidatos, classificados irão compor o quadro de reserva,
observando a validade do concurso”.
“Nós estamos compondo o quadro de
reserva. Consta na homologação que meu nome está como classificado. Então
porque fazer processo de seleção para professor temporário?”, pergunta Fábio.
Segundo Fábio, algumas vagas do
processo de seleção são as mesmas do concurso para o quadro efetivo e diz que o
Estado vai gastar novamente 290 mil para um concurso em breve para contratar um
professor, pois os docentes temporários não possuem segurança nos cargos e
muitos mudam de emprego abandonando os estudantes.
“Já fomos ao Ministério público
estadual para reivindicar, mas pra mim, a causa está perdida. Agora o governo
vai abrir edital para a educação novamente. Se com 72 vagas, está causando esse
transtorno, imagine com 1.492 vagas. Como confiar no edital e estudar durante
três meses, se o candidato não tem a certeza que de que assumirá caso seja
classificado?”, concluiu.
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