quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Professor: profissão perigo!




Um professor foi morto a facadas no campus do Instituto Metodista Izabela Hendrix, em Belo Horizonte, pelo próprio aluno, o estudante Amilton Loyola Caires. O crime aconteceu ontem nos corredores do Instituto. Após receber mais uma nota baixa, Amilton golpeou o professor e fugiu em uma moto. O rapaz foi preso em casa nessa madrugada sem oferecer resistência.

Quando imaginamos certas profissões como servente de arranha-céu com seus andaimes limpando os vidros, ou mecânico do metrô de São Paulo, ou técnico de antenas de estação de TV, não imaginamos que professor passou a ser também uma profissão perigosa. O que era para ser a representação da família na escola, agora é alvo fácil para alunos desequilibrados e usuários de drogas, como é o caso de Amilton.

Na minha época de ensino fundamental, meus professores eram mais que professores, eram meus amigos. Por mais hiperativa que eu fosse, respeitava todos eles, e acatava sem responder, todas as suas ordens. Como fui criada pela minha avó, minha educação veio dos antepassados nordestinos. Aquela coisa rígida, sempre respeitando os mais velhos. Mesmo nas ocasiões onde eu sabia que eles estavam sendo injustos, eu me botava no meu lugar de aluna. E eu não nunca vi colegas de classe aumentar o tom de voz pra qualquer professor.

Hoje os pais têm receio de serem enérgicos com os filhos achando que vai torná-los revoltados ou traumatizados. Por que coisas que já existiam tomam outra denominação na linguagem de especialistas em educação. O resultado é a multiplicação de adolescentes sem regras e com condutas marginais. Aí entra uma série de questões bem complexas, como a maioridade penal, que atualmente é de 18 anos. E tudo poderia ser evitado através de uma educação familiar equilibrada.

A sensação que existe hoje em dia nas salas de aula é de medo e revolta por parte dos professores, que além de serem pessimamente remunerados, precisam, muitas vezes, se fazer de surdos e cegos para atitudes diante da classe.

O professor de Belo Horizonte deixou mulher e filhos.

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