segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Devaneios de uma Geminiana sobre o amor
O que é viver sem sofrer de amor? Frase muito clichê, mas super atual. A ânsia de ser feliz, de ser amado, compreendido e aceito, faz com que corramos o risco de sofrer. Com um toque novelesco e hollywoodiano, é assim que todos nós encaramos esse tal de amor.
Na última semana fui testemunha ocular de amigos que estão sofrendo de amor. Alguns bem silenciosamente, outros necessitando platéia, outros se consolando em uma mesa de bar e outros com as três características. Seres fortes que foram derrubados por esse sentimento quase santo, porém diabólico. Pessoas que por alguma razão estavam felizes e, de repente, não estão mais. Quando foi que tudo mudou? O que aconteceu? É, meu amigo, na maioria das vezes não se sabe mesmo o que aconteceu, e quando sabe geralmente as pessoas se eximam da culpa. Outro clichê: no amor não existem culpados, mas sim a nossa velha incapacidade de percebermos nossos delitos. O ser humano acha mais confortável responsabilizar o outro pelo fracasso.
Eu não entendo esse fascínio em estar com alguém, dividir o espaço com alguém. Talvez eu esteja reclusa nesse momento da minha vida, sem saco mesmo pra focar nesse tipo de coisa. Não que eu nunca tenha sofrido por amor. Claro que já. Mas foi apenas uma vez, e sofro até hoje. Eu já me acostumei com essa dor que me consome a dez anos. E depois dela não me permiti mais passar por essas situações.
Bem, mas voltando aos meus amigos. O fato é que pra onde eu olhe, alguém está sofrendo por alguém. E eu não sei consolar ninguém. Sou meio dura, uso o tratamento de choque mesmo. Deveria ser mais delicada, afinal a ferida está aberta e ela dói muito com palavras pesadas. Pode ser que daqui a algum tempo eu fique mais flexível nesse assunto, dobre a esquina e me apaixone ou entre na sala do cursinho e caia de amores por alguém (na verdade isso aconteceu a pouco tempo, eu é que mais uma vez me fechei para a possibilidade de felicidade).
Não tem jeito, nós não somos uma ilha, sempre vamos procurar nos lugares um novo amor sem nos lembrar que junto pode vir a dor. A gente nunca lembra, porque até então ela(ainda) não existe. Para mim funciona o contrário: quando lembro do primeiro pé na bunda mais dolorido da minha vida, levanto a guarda e sigo em frente. Estranho? É um pouco, eu chamaria de instrumento de defesa. Assim vou poder colecionar histórias de amor sem ter que ser necessariamente protagonista.
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