terça-feira, 7 de setembro de 2010
Conceito de loucura é relativo
Com certeza você já deve ter ouvido falar naquele pensamento de que uns nascem pra rir e outros pra chorar. É a mais pura verdade. E em todos os sentidos. Seja no lado financeiro, afetivo, familiar... Enquanto uns tem muito, outros têm pouco. E acontece com todas as pessoas, ninguém é 100% completo. Se você for, dá um alô aqui.
Bem, no meu caso, posso dizer que descobri coisas que eu achava que não tinha, como minha familia, por exemplo. Não esperava que, depois de tantos anos, o meu pai (biológico) fosse recompensar 25 anos de ausência. Achei bonito o seu gesto de estender suas mãos no momento em que eu mais precisei.
Porém, no decorrer dos anos percebi que alguma coisa mudou em relação aos meus relacionamentos afetivos. Não sei se adquiri um trauma do meu primeiro namoro, mas só sei que simplesmente não consigo mais ver qualquer tipo de relacionamento, seja namoro, casamento, uma ficada, como uma coisa sadia e produtiva. Perdi aquela visão romântica do “ estar junto ou do dividir”. Todas as tentativas de engatar novos romances foram frustradas, porque eles nunca passam de 24 horas. Começam bem, mas parece que algumas horas depois outra personalidade surge e arrasa com tudo. Um misto de indiferença e frieza tomam conta de mim. E aquela carinha romântica de outrora se desfaz para dar lugar a uma alma seca e completamente insana. E assim, mais uma possibilidade de felicidade vai pelo ralo.
O pior é quando me apaixono. Adoro aquela sensação de sentir saudades, o medo de beber umas cervejas e dar com a língua nos dentes, medo de levar um fora, a iminência do segredo ser revelado. Não sei qual o filósofo que disse que a paixão é uma doença mental e precisa ser curada. Ele tem toda a razão. É um sentimento masoquista, perturbador e demente. Em todas as vezes que me apaixonei, fui apenas um mendigo pedindo um pouco de atenção. Quando lembro de todas as situações que tive que passar por estar apaixonada, sinto uma vergonha e uma vontade de nunca mais sair na rua.
Mas uma vez (quase) me apaixonei, e uma paixão tão impossível quanto ver um vaca voar. Algumas horas de lágrima na garganta e já era, a paixão já foi embora. Como eu disse no primeiro parágrafo: uns com muito e outros com tão pouco. Aceito minha condição de não acreditar nesse sentimento que nos deixa retardados. Tenho amigos maravilhosos, uma família querida e uma grande vontade de viver. Pra mim isso já está de bom tamanho.
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