segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Hunter Thompson Tucujú - parte II


No início de 2001, explodiu as festas de música eletrônica em Macapá. Assim como aconteceu nos arredores de Londres, as festas aconteciam em terrenos distantes da cidade. Cada DJ cuidava de um set específico e todos dançavam até de manhã. E claro, tinha os aditivos que cada um levava. O êxtase caiu de para quedas por aqui. Durante quase oito anos, várias pílulas foram consumidas nessas festas, operações federais foram realizadas pra prender traficantes, figurões da cidade foram presos. As festas perderam força, foram taxadas de festas de drogados e quase não acontece mais, a não as particulares que ninguém sabe onde ocorre.
            Em 2003 aconteceu o Amapá Tronic, que na minha opinião, foi a melhor festa de Macapá. O cenário eram as paredes da Fortaleza de São José. Entre uma cerveja e outra olhava as pessoas dançando com óculos escuros, pirulito na boca e às vezes se abraçando com a caixa de som. Alguém comenta perto de mim: nossa, aquela ali tá fritando. Fritando? Sim, ela tinha tomado uma Z. Cheguei mais perto pra observar o que acontecia quando a pessoa tava “fritando”. Os amigos se abraçavam, repetindo diversas vezes que se amavam, faziam rodinhas que mais pareciam rituais xamânicos. Pela manhã, eu tava morta de bêbada e cansada. Mas com aquelas cenas na cabeça. Voltei pra casa e a primeira coisa que fiz foi pesquisar o que era aquilo que o povo tava tomando.
            Em 2004 fui convidada para uma festa na estrada. Pick-ups montadas, galera reunida. De repente, meu amigo abre minha mão e coloca uma mitsubishi . Presente pra você. Eu estava preparada pra tomar. Conhecia até os efeitos colaterais do dia seguinte.
            Imagine que na sua cabeça exista uma janela que dá acesso a um pote cheio de serotonina, dopamina e endorfina, neurotransmissores que monitoram a sensação de felicidade, bem estar, auto-estima e disposição. O êxtase é como a chave que escancara essa janela e você sente tudo de uma vez em doses cavalares. Mas no dia seguinte, como os níveis estão baixíssimos, a sensação de tristeza, cansaço e depressão tomam conta de você. E dependendo da pessoa, essa sensação pode durar dias. Pensando nisso, deixei em casa dois filmes de comédia, uma barra de chocolate e uma garrafa de coca-cola. Ou seja, tudo o que estimula os neurotransmissores em condições normais de temperatura e pressão.
            Peguei uma garrafa de água e tomei a minha pílula. Jacke, toma e esquece, vai conversar, trocar idéia, mas não fica lembrando. Essa era a dica pra que ela bata mais rápido. Sentada ao lado de uma amiga, comentava sobre o quanto aquele lugar era bonito. Mas por dentro estava ficando irritada porque não tinha batido. Ai, a minha tá batendo, disse minha amiga. Vou dançar porque já está chegando. Saiu e foi direto pra perto da caixa de som. E nada da minha “liga” chegar também. Foi quando minha perna direita começou a se agitar sozinha de acordo com a música. O vento batia nos meus braços trazendo uma sensação agradável, até respirar foi mais gostoso. Olhei pra pista e lá estava um monte de gente se abraçando e dançando. Uma explosão de felicidade tomou conta de mim. Levantei com um sorriso entre as orelhas e fui dançar.  Fui tomada por abraços que me trouxeram água e suco de laranja. Foram os melhores abraços que ganhei na minha vida. Eles se encaixavam tão perfeitamente, que eu não queria nunca mais largar aquelas pessoas. Alguns ficavam na minha frente mexendo estrelinhas que brilharam no escuro quando você apertava um botão atrás dela. Outros pegavam na minha mão e me levavam pra caminhar um pouco e respirar um ar puro. Parecia que todos estavam cuidando de mim, por que sempre tinha alguém do meu lado.
Aí fui entender o porquê as pessoas iam pra caixa de som. Nosso corpo fica tão sensível que as batidas da música fazem uma massagem nos braços, no rosto e ajudam a desenvolver o efeito do êxtase. Encontrei um sapo de cerâmica entre o jardim da maloca que dizia pra eu tomar bastante água. Sua voz era nítida. Perguntei se ele também queria água, ele respondeu que não.  Meus batimentos cardíacos dispararam, a temperatura do meu corpo tava muito além do normal. Consequentemente ia rolar uma desidratação. E aja tomar água.
            O sol veio rasgando o horizonte enlouquecido. Quando os primeiros raios bateram nas árvores, realçou o verde das folhas, o azul do céu, e a lua timidamente ia se direcionando para o Japão. Depois de muito dançar, sentei na cadeira e fiquei escutando Beautiful Day, do U2. Aquele nascer do sol eu nunca mais vou ver, nem o verde das folhas e nem sentir a sabor dos abraços. Com certeza foi inesquecível.
            Voltei pra casa, tomei um banho e fui ver TV. Eu sabia que o sono ia demorar pra chegar. Começa o processo de tentar equilibrar os neurotransmissores. Entre um copo de coca-cola e um pedaço de chocolate, tive a ideia de dar uma nota para as experiências desse tipo. E aquela noite merecia um oito. Depois desse dia até hoje, tomei mais três. Daí não me interessou mais. Mas nunca vou esquecer o brilho do astro rei.


Gente, não estou fazendo apologia de absolutamente nada, apenas dividindo minhas experiências, assim como Hunter Thompson fazia. Quem se sentir ofendido, vai ter dois trabalhos: de ficar e desficar. 
No próximo post é a vez do LSD e peregrinação pelos pontos turísticos de São Paulo. Até Mais!!!!

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Hunter Thompson tucujú


Nessa série de textos, vou dar uma de Hunter Thompson, jornalista criador do termo jornalismo gonzo, em que o jornalista não só escreve a matéria, mas também é o personagem central. Thompson é o autor de livro Medo e delírio em Las Vegas. Lá, ele relata um jornalista que viaja para Las Vegas, junto com seu advogado, para produzir uma reportagem sob efeito de drogas. Aqui eu não faço apologia à droga alguma, seja ela lícita ou não. De uma maneira corajosa, relato minhas experiências com algumas drogas. Hoje, a única coisa que faço é fumar um cigarro e tomar uma cerveja.
           
           A primeira experiência que eu tive com uma droga ilícita foi com a maconha. Estava no apartamento da amiga de uma amiga. Enquanto bebíamos uma cerveja, a tal amiga puxou uma caixinha de dentro da gaveta do criado-mudo. Parecia um kit de guerra. De lá puxou um tabletinho igual ao de um caldo Knorr. Confesso que fiquei com medo. Pô, a galera vai fumar maconha, e aí, o que eu faço? Com espírito de super homem que todo o adolescente tem, lá estava eu aceitando um trago. É só puxar e prender, Jacke. Puxa e prender, puxar e prender. Como se faz isso? Eu puxava mas não prendia. Eu nem fumava cigarro, quanto mais maconha. Pô, Jacke, tá estragando o beck. Pois é, tava estragando mesmo. Pois não bateu nada. Todo mundo chapado, contando histórias  que pra eles eram interessantes, mas pra mim era um monte de baboseira. Que merda escrota é essa? Esse negócio tá estragado. Desci do prédio frustradíssima. Entrei no ônibus já ligando pra minha melhor amiga: Flavete, eu fumei maconha. E aí, é legal? É uma merda, não aconteceu nada.
            Passados dois anos, comecei a ficar – sim, naquela época a gente já ficava com alguém -  com um carinha dez anos mais velho que eu. Festinha de aniversário, bebida, comidinha e uma roda no quintal da casa. Advinha? Lá tava rolando maconha. Depois da experiência terrível, não queria papo com aquele troço. Mas não era possível que aquilo não surtia efeito em mim. Resolvi entrar na roda, tomar da mão do aniversariante e dar aquela tragada. Prendi. Quando soltei, saiu aquela fumacinha tímida. Em menos de dez minutos, eu já não era uma pessoa normal. Tudo ficou mais lento. Parecia que o mundo girava mais devagar. A boca ficou seca, e aquelas histórias que eu não entendia porque as pessoas ficavam rindo de coisas tão sem graças, parecia que só fazia sentido agora. Ao me sentar na cadeira, percebi q minha língua sempre ficava com um pedaço para o lado de fora. Às vezes passava um tempo sem respirar. Aquilo não era normal. Max, me leva para o hospital. Eu to passando mal. Minha mãe vai me matar. Vai, me leva pro hospital, porra. Ei, Jacke, é assim mesmo, olha pra lua que ela tá linda. Todo mundo estourou no riso, inclusive eu. Dei uma relaxada e não me preocupei mais.      Após duas horas, era capaz de eu devorar o bolo do aniversário sozinha. Uma fome inexplicável tomou conta do meu estômago. Três fatias foram rapidinho. No dia seguinte, parecia que tudo tava mais lento, um pensamento demorava mais que de costume.
            Mas na terceira vez que eu fumei, foi pior que a primeira. Na mesma roda presente no quintal, todos continuam rindo das piadas sem graça. Eu tava tão chapada, que comecei a achar que todos riam de mim. Por que toda vez que eu falava, baixava o riso na galera. Esses filhos de puta estão rindo de mim. Passei duas horas tentando voltar ao normal pra ir embora daqui. Quer saber, essa porra é muito escrota. Respeito quem fuma, mas definitivamente não é pra mim.
            No próximo texto, vou relatar a primeira vez que tomei êxtase. Até mais.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Meu palco do Rock In Rio é o Twitter



Quem estava na frente da tv depois da meia noite pode ver o show histórico que o Metallica fez no Rock in Rio. Alguns sortudos que foram ao festival, viram de perto James Hetfield escandalizar com sua guitarra. Mas, muitos estavam ligados em casa, na TV paga ou aberta. Porém, o palco era outro e com uma platéia seleta. O show não seria o mesmo se não fosse o Twitter. Cada um na sua casa, mas todos compartilhando da mesma emoção que a telinha nos passava. Em cada música era a mesma energia e vibração, como se estivéssemos juntos bebendo na casa de alguém.
                O twitter é um mini blog que dá possibilidade de você postar notícias e comentários de outros twitters em apenas 140 caracteres. Você tem a possibilidade de seguir o que lhe mais interessa, filtrar o que chega em sua página sem dor de cabeça. Mas como expressar algo nesse espaço? É, eu também me perguntava quando o Twitter deu as caras na internet. Muitos se perguntavam qual a real funcionalidade dele. Hoje é notório que ele é mais útil que se imagina. O ano de 2011 foi cenário para conflitos em países do oriente médio, onde os governos ditatoriais censuraram a imprensa. A única fonte de informações das bandas de lá chegavam através dos tweets que eram disparados pela população, que denunciava a covardia dos militares. A morte de Michel Jackson e Amy Winehouse caiu em primeira mão na internet através da rede social.  Revolucionou o conceito de instantaneidade que conhecíamos. Hoje, a grade de notícias do maior maior telejornal do país pode ser alterada caso uma notícia quente caia no twitter. Willian Bonner, editor-chefe do Jornal Nacional e carinhosamente chamado de tio pelos seus seguidores, diz que hoje a interação entre mídia e público ajuda na hora de preparar um telejornal atualizado, em enquanto apresenta o Jornal Nacional, verifica sua página com mais de dois milhões de followers para monitorar alguma possível candidata à notícia no JN.
                Mesmo quem estava no show, conseguia twittar e descrever a sensação de estar no meio de 100 mil pessoas cantando numa só voz. Porém, foi também através do mini blog, que outros Twitters denunciaram a onda de assaltos na cidade do rock. E em questão de minutos a imprensa conseguia se deslocar entre a multidão e apurar in loco os muitos casos relatados pelos tweets. Durante o show do Metallica, era possível ler o Estadão ou a Rolling Stone alertando sobre os fatos apurados. Até o problema do sistema de esgoto se soube primeiro pelo Twitter.  Mas sem dúvida a homenagem que Dinho OuroPreto fez ao nosso “ilustre” senador José Sarney foi uma das notícias que mais repercutiram na internet durante o show do Capital Inicial, no segundo dia do festival. Antes de cantar Que país é esse?, Dinho ofereceu a música ao senador – eu, como amapaense, me enterrei na cadeira, já que Sarney foi eleito senador pelo Amapá -, e imediatamente vários tweets dispararam na rede.
                Sabe aquela teoria dos seis graus de separação, em que o fulano que conhece ciclano é amigo do beltanho? O Twitter corresponde perfeitamente nessa teoria. Posso ser amiga do Brad Pitt, pois no twitter dele deve ter alguém, que conhece alguém, que conhece alguém, que conhece alguém, que me conhece. Não existe mais um lugar no mundo que possa se esconder. Onde tiver um celular em rede, lá estará o passarinho a piar. Bem, vamos esperar o próximo fim de semana, tragam a cerveja e o amendoim, ok? A gente se encontra no twitter.
               

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

X, Y, Z. Qual a sua geração?


Seu filho tem apenas dois anos de idade e já sabe qual é o controle remoto da Sky, do DVD, da TV e do portão da garagem. Consegue pronunciar mais palavras em inglês que em português porque assiste a um desenho que ensina as primeiras palavras no idioma saxão. Programa e desprograma seu celular em minutos, coisa que você só faz se for fuçar no manual de instruções. As possíveis explicações que vem a sua cabeça seriam: 1. Meu filho é super dotado. 2. Meu filho já nasceu digitalizado. Mas tem uma terceira: seu filho faz parte da geração Z.

O mercado de trabalho cada dia torna-se mais afunilado e concorrido. Pessoas com diferentes faixas etárias misturam-se pelos corredores das empresas, acentuando as extremidades entre as gerações que nasceram no pós-guerra, no período de paz e amor, e no período pré internet. São as chamadas gerações Baby Boomers, X, Y e Z.

Nascidos no pós-guerra, os Baby Boomers (em inglês, explosão de bebês, em conseqüência pós Segunda guerra), gostam de emprego fixo e estabilidade. Estão acostumados a receber promoções por tempo de serviço. A experiência pra eles é pré- requisito indispensável, independente do nível de instrução. São adeptos da disciplina rígida e adoram hierarquia. São fiés às empresas que o empregam e costumam se aposentar na mesma empresa e até no mesmo cargo.

Em seguida, vem a geração X, nascidos no final dos anos 60 e início dos anos 70, em plena guerra do Vietnã, movimentos Hippie e Contracultura. No Brasil, a Tropicália sofre grande influência dos estadunidenses e franceses. Os filhos dessa geração também gostam de estabilidade financeira, mas viram o nascimento da tecnologia, os primeiros bancos de dados militares e o embrião da internet.

Logo após aparecem os filhos da geração x, a geração Y. Nascidos na década de 80 e início de 90, já estão integrados com computadores, o nível de instrução é maior e a sede por novidades também. Com até trinta anos, prezam pelo prazer no que fazem e não pela obrigação. São meio arredios quando se fala em hierarquia, e se não estão satisfeitos com o emprego atual, não hesitam em pedir demissão e partir para um lugar que lhe traga mais satisfação.

Finalmente chegamos na geração Y, os nascidos em meados da década de 90 e começo de 2000. São extremamente ansiosos, costumam fazer muita coisa ao mesmo tempo. Falar em horários e hierarquia perto deles é como falar de Deus perto do Diabo. Passam 24 horas conectados em rede e sempre estão antenados com novas mídias e plataformas de informação. Seu lema é: O mundo precisa girar mais rápido.

E quando todas essas gerações dividem o mesmo espaço, é quase a reencarnação da Torre de Babel. Por que são gerações com freqüências diferentes, tentando sobreviver num mundo cada vez mais excludente. Baby Boomers tentam ser geração X, que por sua vez correm atrás para tornarem-se Y. E você com seu filhinho de dois anos de idade, que sabe dar play no DVD, que liga para o seu celular no meio do expediente, que consegue ligar e desligar o PC, que sabe contar de um até dez sem gaguejar, que possui uma memória fotográfica melhor que muito pen drive, qual geração será a dele?

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Você sabe o que é WEB 2.0?



Você sabe o que é WEB 2.0? Pois é, até um tempo atrás eu também não sabia, mas que está presente no dia a dia do internauta. Quantos de nós não utilizam Youtube, Twitter, Facebook, blogs e outras ferramentos da internet para fornecer, trocar e adquirir informações? A mais famosa e mais utilizada forma de WEB 2.0 é o Wikipedia, onde usuários contribuem com informações para o banco de dados do site.

Em meados dos anos 90, o uso da internet ainda era consideração um luxo que poucas pessoas podiam bancar. Os preços eram exorbitantes. A funcionalidade era precária em comparação aos dias de hoje. A informação tinha mão única, impossibilitando o usuário de interagir com a rede. Segundo Pollyana Ferrari, especialista em Jornalismo Digital, essa fase era chamada de WEB 1.0. Não existiam links para comentários nos sites. Então como saber a opinião, sugestão ou reclamação dos internautas? Apenas através de e-mails. E só.

Em 2004, Tim O'Reilly, da O’Reilly Media e MediaLive International, usou pela primeira vez o termo para definir a transformação que ocorria no jeito de como lhe dar com a internet. Há quem diga que esse termo é uma bela jogada de marketing, pois não explica muita coisa sobre sua função."Web 2.0 é a mudança para uma internet como plataforma, e um entendimento das regras para obter sucesso nesta nova plataforma. Entre outras, a regra mais importante é desenvolver aplicativos que aproveitem os efeitos de rede para se tornarem melhores quanto mais são usados pelas pessoas, aproveitando a inteligência coletiva", explica O’Reilly. Ou seja, era preciso que as pessoas colaborassem com suas informações, já que os sites se resumiam em informações de jornais, revistas, empresas e universidades. Era preciso expandir o conteúdo da rede, coisa que não faltava entre os simples usuários de internet.

O que temos hoje é um cyberespaço do tamanho do planeta, em que informações chegam de todos os lugares em tempo real. Exemplo recente da eficácio da WEB 2.0, foi a guerra no Egito, onde a internet não pode ser acessada por uma resolução ditatorial para que nenhuma informação concreta chegasse à imprensa mundial. Mas o governo não contava com uma coisa chamada Twitter, podendo ser acessado do celular. Assim o mundo ficou sabendo da briga de Davi e Golias que tava rolando por ali através de tweets e vídeos postados no Youtube. A China também entrou com uma ação contra sites de informação e entretenimento para que estes retirem conteúdos que vão de encontro com a doutrina comunista. Mas de celulares e tablets, os chineses têm acesso a esses sites via Twittter, blogs e Facebook. Agora ficou um pouco mais difícil calar o mundo.