sábado, 8 de maio de 2010

Alice no país do bem e do mal




Depois de quase um ano, e com ansiedade de quem espera a chegada do novo Messias, no dia 23 deste mês estreiou o novo filme de Tim Burton, Alice no país das maravilhas, baseado no livro de Lewis Carroll. O que gerou uma expectativa na imprensa e no público.
Alice, por si só, ainda fascina gerações de leitores com seu conceito nonsence e idéias surrealistas. E Burton, que já vem de uma sequência de filmes com temática sombria e fantasiosa, selou um casamento perfeito ao rodar Alice. Por meses as principais revistas do cenário cinematográfico não falou em outra coisa, desde o lançamento do trailler até a estréia. Nas vitrines das livrarias, o que mais se via eram reedições do livro, cada uma com suas ilustrações.
Mas o filme não agradou aqueles que esperavam uma super produção. Sob à sombra dos estúdios da Walt Disney, Burton faz uma adaptação previsível, sem magia e sem emoção, confirmando a receita do bem e do mal que os filmes da Disney sempre tem. E a impressão que se dá é que essa Alice mais parece uma Joana D’arc de conto de fadas, onde cabeças rolam as escadas e exércitos se encontram no campo de batalha. Algumas cenas chegam a ser cansativas e prolongadas. O que não anulou o jeito Burton de ser, com sua maquiagem impecável e cenário tenebroso.
Outras adaptações para o cinema, como O código da Vinci e A bússola de Ouro, também não foram bem aceitas pela platéia. Ou porque o roteiro não foi fidedigno ou porque os atores não deram vida ao personagem. Mas no caso de Burton, com sua dupla Deep & Helena Bonham Carter – de Sweeney Todd e Jack, o estranho-, provavelmente a quantidade de cenas de ação mal desenvolvidas podem ter comprometido o longa. Mas ainda vale pagar o ingresso para ver a beleza da direção de arte e a maquiagem, que são características desse diretor com cara de pop.

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